terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

União Nacional dos Estudantes (UNE)


É a principal entidade estudantil brasileira. Representa os estudantes do ensino superior e tem sede no Rio de Janeiro e sub-sedes em São Paulo e Goiás.

Foi e continua sendo palco de ampla plataforma para o estado brasileiro, com ênfase na soberania nacional, democracia, participação popular nas instâncias deliberativas, democratização do acesso ao ensino superior, qualidade de ensino e financiamento público para as universidades.

A UNE tem muita influência no movimento estudantil, e atualmente é dirigida pela União da Juventude Socialista.

Com a campanha UNE de volta pra casa, mais uma página da história do movimento estudantil foi escrita. A UNE retornou ao seu terreno na Praia do Flamengo, número 132, onde era sua antiga sede, queimada pela ditadura em 62.

Primeiros anos

Foi fundada em 1937, no I Congresso Nacional dos Estudantes, organizado na Casa do Estudante do Brasil no Rio de Janeiro com apoio do Centro acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e desde então foi protagonista das principais lutas sociais do povo brasileiro. Sob muita polêmica, em razão da despolitização do debate, é eleita presidente Ana Amélia Queirós Carneiro de Mendonça.

O debate de temas políticos é introduzido na UNE a partir do II Congresso Nacional dos Estudantes, em 1938.

Em 1939 a primeira diretoria da UNE passa a coordenar, com total insuficiência de recursos, as atividades das organizações estudantis em todo país. A UNE é despejada da sede da Cada do Estudante do Brasil. Reúne-se o III Conselho Nacional de estudantes que, entre outras medidas, cria a carteira única do estudante.

Década de 1940

Em 1940 a UNE defende o fim da Ditadura do Estado Novo e toma posição contra o Nazi-fascismo, defendendo a ruptura do Brasil com os países do EIXO (Alemanha, Itália e Japão).

Em março de 1940, com a eclosão da II Guerra Mundial, a UNE dirige a sua primeira mensagem de paz "À Mocidade do Brasil e das Américas", quando realiza o Congresso Nacional dos Estudantes.

Dando continuidade à campanha contra as potências do Eixo, os estudantes tomam o prédio onde funcionava o Clube Germânia, na Praia do Flamengo, 132, no Rio de Janeiro, que passa a ser a sede da UNE. É realizado o primeiro recenseamento universitário. Em dezembro, instala-se, na sede da UNE, o primeiro restaurante estudantil.

Em 1943 a repressão de Getúlio Vargas segue intensa, a UNE promove mobilizações estudantis em todo o país. O Centro Acadêmico XI de Agosto organiza a Passeata do Silêncio contra Vargas, que acaba em violenta repressão policial, com a morte do estudante Jaime da Silva Teles.

Com forte apoio logístico do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO), a UNE realiza, entre outros movimentos, a Campanha Universitária Pró-Bônus da Guerra, Campanha Pró-Banco de Sangue, e o Combate à Quinta Coluna. Há reação do governo Vargas, com a tentativa do Ministro da Educação, Gustavo Capanema, de criar a Juventude Brasileira, na sede da UNE, aparelhando a entidade. A portaria é revogada. A UNE patrocina também a Campanha Pró-Aviões, doando três aviões de treinamento.

No dia 5 de março de 1945, o estudante Demócrito de Sousa Filho é assassinado, em Recife, no comício de propaganda da candidatura de Eduardo Gomes. Três dias depois, a UNE mobiliza estudantes contra a ditadura Vargas, em comício nas escadarias do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e rompe com o Estado Novo.

No refluxo do pós-guerra, a UNE sofre um esvaziamento político, limitando-se às atividades assistencialistas.

Em razão da proximidade com a Faculdade Nacional de Direito, a entidade sofrerá a influência da dicotomia esquerda-direita que reinava na Instituição, com a disputa entre os partidos acadêmicos "Movimento pela Reforma", de cunho socialista, e a "Aliança Liberal Acadêmica", de direita.

A partir de 1947, iniciou-se a fase de hegemonia socialista na UNE, principalmente com a eleição de dirigentes oriundos do Movimento pela Reforma, que foi até 1950. Nesse período, a entidade liderou campanhas nacionais contra a alta do custo de vida e em prol da indústria siderúrgica nacional e do monopólio estatal do petróleo (campanha O Petróleo é Nosso).

Em 1948 a UNE teve a sua sede invadida pela primeira vez por forças policiais, por ocasião do Congresso da Paz e dos protestos estudantis contra o aumento das passagens de bonde.

Década de 1950

De 1950 a 1956, a UNE viveu sua fase direitista, comandada por um grupo ligado à União Democrática Nacional (UDN), que tinha como braço acadêmico a Aliança Libertadora Acadêmica.

A UNE organiza, em 1954, o "Mês da Reafirmação Democrática", alusivo ao 10º aniversário do assassinato do estudante Demócrito de Souza Filho e em 1955 realiza a Campanha para a obtenção de empregos públicos.

Já no governo de JK, ocorre a segunda invasão policial ao prédio da UNE na campanha desencadeada pela entidade contra o aumento das passagens de bonde. A polícia também tenta invadir o prédio da Faculdade Nacional de Direito, onde as lideranças estudantis estavam abrigadas, sendo contidas pelo reitor Pedro Calmon.

Em 5 de maio de 1956, estudantes realizam campanha contra o aumento da passagem de bondes no Rio de Janeiro. Vários sindicatos operários se unem aos estudantes nessa luta. É criada, então, a União Operária-Estudantil contra a Carestia. No dia 30, a polícia invade o prédio da UNE em repressão ao movimento.

Com o fim da hegemonia da direita na direção da UNE, a entidade realiza campanhas contra multinacionais, como a campanha contra a American Can, empresa norte-americana que ameaçava a indústria brasileira de lataria (1957) e a campanha contra as assinaturas pelo Brasil do Acordo Roboré, preconizada por Roberto Campos, atendendo aos interesses da multinacional Gulf (1958).

Década de 1960

Na década de 1960, o movimento estudantil ganha mais corpo. Os estudantes se organizam e fundam seus diretórios centrais dos estudantes (DCE) e diretórios acadêmicos (DA).

Com a esquerda de novo no poder, a UNE apoiou, em 1961, a campanha da legalidade, a favor da posse de João Goulart, e reforçou sua ação no campo da cultura com a criação do Centro Popular de Cultura e da UNE Volante.

A UNE debate a reforma universitária no país (por ocasião da discussão do projeto da Lei de Diretrizes e Bases) e realiza, em Salvador, o Seminário Nacional de Reforma Universitária, que resulta na Declaração da Bahia, considerada um dos mais importantes textos programáticos do movimento estudantil brasileiro.

São criados o Centro Popular de Cultura (CPC) e a UNE Volante, ambos com o objetivo de promover a conscientização popular através da cultura.

Em 1961, a UNE participa da Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola, pela posse de João Goulart. A entidade transfere provisoriamente sua sede para o Rio Grande do Sul e organiza uma greve de repúdio à tentativa golpista.

É realizado, em 1962, o II Seminário Nacional de Reforma Universitária, em Curitiba, que emite a Carta do Paraná, para reivindicar a regulamentação, nos estatutos das universidades, da participação dos estudantes nos órgãos colegiados, na proporção de um terço, com direito a voz e voto. A ação dos estudantes pela reforma universitária leva à decretação de greve geral nacional, paralisando a maior parte das 40 universidades brasileiras da época. O prédio do MEC - Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro, é ocupado por três dias pelos universitários, mas a repressão continuava e o Movimento Anticomunista (MAC) metralha a sede da UNE, no Rio de Janeiro.

Em 1964, a Ditadura Militar incendeia a sede a UNE, como forma de intimidação e invade as instalação da Faculdade Nacional de Direito, apreendendo documentos e acervos históricos do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, muitos que versavam sobre as atividades da UNE. O Prédio da Faculdade é cercado por tanques e grupos paramilitares de direita, que metralham a fachada do prédio e tentam incendiá-lo, com os estudantes dentro, mas são contidos por um capitão do Exército, Ivan Proença, que será foi expulso das forças armadas em razão deste gesto.

A Lei Suplicy de Lacerda coloca na ilegalidade a UNE e as UEEs (Uniões Estadual dos Estudantes), que passam a atuar na clandestinidade. Todas as instâncias da representação estudantil ficam submetidas ao MEC. Mas a luta continua e em 1965 a UNE convoca uma greve de mais de 7 mil alunos, que paralisa a USP.

A UNE se mobiliza contra a Lei Suplicy de Lacerda e organiza passeatas nas principais capitais. Em Belo Horizonte, a repressão violenta da tropa de choque desencadeia passeatas em outros estados.

Em 1966, mesmo na ilegalidade, é realizado o XXVIII Congresso da UNE, em Belo Horizonte, que marca a oposição da entidade ao Acordo MEC-Usaid. O congresso acontece no porão da Igreja de São Francisco de Assis. O mineiro José Luís Moreira Guedes é eleito presidente da UNE.

As aulas na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, forte centro de resistência estudantil à ditadura e sede do CACO (entidade que dava apoio logistico à UNE), são suspensas e 178 estudantes paulistas são presos durante um congresso realizado pela UNE-UEE, em São Bernardo do Campo. Castelo Branco cria o Movimento Universitário para o Desenvolvimento Econômico e Social (Mudes).

Em 28 de março de 1968, o estudante Edson Luís Lima Souto é morto durante uma manifestação contra o fechamento do restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, cerca de 50 mil pessoas participam do cortejo fúnebre, onde várias pessoas foram presas clandestinamente pelo exército, entre elas Rogério Duarte (responsável pela arte dos panfletos da UNE na época).

No mesmo ano, em outubro, é realizado clandestinamente o XXX Congresso da UNE, em Ibiúna (SP). São presas mais de 700 pessoas, entre elas as principais lideranças do movimento estudantil: Luís Travassos (presidente eleito), Vladimir Palmeira, José Dirceu, Franklin Martins e Jean Marc von der Weid.

Após a prisão das lideranças no XXX Congresso, a UNE se vê obrigada a encolher ainda mais e passa a realizar micro congressos regionais, articulados por Jean Marc Von Der Weid, o presidente, na época, entretanto Jean Marc é preso e assume o seu posto, Honestino Guimarães, que desaparece em 1973. (certamente morto pela ditadura militar).

Alexandre Vannucchi Leme, aluno da Universidade de São Paulo (USP), é preso e morto pelos militares. A missa em sua memória, realizada em 30 de março na Catedral da Sé, em São Paulo, é o primeiro grande movimento de massa desde 1968.

Década de 1970

Em 1974, é criado Comitê de Defesa dos Presos Políticos na Universidade de São Paulo (USP).

Depois de um período de inatividade da UNE, em 1976, iniciou-se um movimento pela reconstrução da entidade. Favoreceu o contexto de "abertura lenta e gradual" iniciada por Ernesto Geisel (1974-1979) e aprofundada por João Baptista Figueiredo (1979-1985).

O principal impulsionador desse movimento de reconstrução da UNE são as grandes passeatas de 1976 e, principalmente, 1977. Nesse mesmo ano é realizado o III ENE (Encontro Nacional de Estudantes) na PUC-SP. Como o encontro era clandestino por proibição da Ditadura, as tropas da repressão invadiram a universidade lideradas pelo coronel Erasmo Dias ferindo dezenas de estudantes e prendendo mais de 700.

Década de 1980

Em virtude da demolição arbitrária pelo governo João Baptista Figueiredo, em junho de 1980, da sua sede na Praia do Flamengo, 132 a UNE se instalou no antigo casarão da Rua do Catete, nº 234. A opção foi histórica: neste prédio funcionou, de 1912 a 1937, a Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Centro Acadêmico Candido Oliveira, entidades cruciais para a fundação da UNE, antes da mudança da Faculdade para o antigo prédio do Senado, no Largo do CACO, em 1937. Outra motivação foi o fato que o prédio pertencia desde 1943 à Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, instituição de ensino vinculada ao governo estadual oposicionista de Leonel Brizola (1983-1987).

Em 1984 a UNE participa da campanha pelas Diretas Já.

Desde a segunda metade da década de 80, com a posse do primeiro presidente civil desde 1964 e com o retorno às liberdades democráticas no país, o movimento estudantil brasileiro foi lentamente recuperando seu lugar e sua importância na política nacional. Entre 1986 e 1988 a UNE e a UBES vão reorganizando o movimento de base, reabrindo ou auxiliando na criação de entidades de base (centros e diretórios acadêmicos e grêmios estudantis), com amparo de legislação federal promulgada em 1985 que liberalizava a organização do movimento estudantil.

Em 1988 são realizados atos e passeatas em tom crescente, que vão desaguar nos grandes movimentos de rua, com diversas passeatas estudantis no Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais em 1989 (campanhas contra o aumento das mensalidades estudantis e em prol de mais verbas para o ensino público), resgatando o espírito do movimento, desestruturado desde a década de 1960. O ápice são as passeatas coordenadas nacionalmente que ocorreram em 6 de setembro de 1989, no embalo da véspera da primeira eleição direta presidencial pós-ditadura, com epicentro no Rio de Janeiro.

Década de 1990

Passada a eleição, a bandeira do Fora Collor foi aprovada no Congresso da UNE de 1992, realizado em Niterói. Com esta bandeira o estudante paraibano Lindberg Farias tornava-se presidente da entidade. Na medida em que as denúncias contra o governo Collor tornavam-se mais graves, o movimento organizado ganhou uma cobertura nacional o que o transformou no principal motor na campanha pelo impeachment. As passeatas reuniam centenas de milhares de pessoas, com destaque para Rio de Janeiro e São Paulo (que chegou a reunir 500 mil pessoas em 25 de agosto de 1992). O final da jornada de luta estudantil foi um alívio: ao contrário do que ocorrera com as Diretas-Já, o impeachment foi aprovado e o presidente afastado.

A UNE consegue retomar o terreno da Praia do Flamengo, 132, onde funcionou a sua sede histórica. O ato de entrega foi comemorado no restaurante Lamas, no Rio, regado a chopp, e na companhia do presidente da República Itamar Franco, em 17 de maio de 1994. E, nesta mesma época, inicia-se a confecção das carteiras de meia-entrada que garantem um desconto de 50% aos estudantes na aquisição de ingressos nos eventos culturais.

A partir de então, o movimento estudantil e a UNE entram em refluxo, com movimentos de menor escala que vão diminuindo de intensidade ao longo da década de 1990, sendo que também é nessa época que a entidade é hegemonizada e aparelhada pela UJS.

Em 1995, durante o Congresso da UBES ocorre a primeira dissidência estudantil da entidade, quando a segunda maior bancada decide se retirar do debate, fazendo um chamado para que todos os estudantes, tantos universitários como secundaristas rompam com a entidade, dessa dissidência surge o MEPR - Movimento Estudantil Popular Revolucionário.

Em 1997, a UNE realizou um grande congresso, comemorando os seus 60 anos de existência. Uma aliança entre a UJS, a Juventude do PT e a Juventude Socialista do PDT elegeu Ricardo Cappelli presidente da entidade, tendo Márcio Jardim como vice e Luiz Klippert como secretário-geral.

Dois anos depois, o 47º Congresso da UNE, realizado em Belo Horizonte, recebe um ilustre visitante: o Presidente cubano Fidel Castro.

No processo de privatização do Governo FHC a direção da UNE tem uma papel secundário, cabendo às oposições organizadas liderarem o movimento junto aos sindicatos mais atuantes.

Anos 2000

Em 2001 ocorreu grandes mobilizações de estudantes e professores nas Universidades Federais, de grandes greves à passeatas até Brasília. A direção da UNE hegemonizada pela UJS só aderiu ao movimento quando o então Ministro da Educação, hoje o deputado federal Paulo Renato, revogou da entidade o monopólio das confecções das carteirinhas dos estudantes.

Em 2003 ocorre a Revolta do Buzú em Salvador, a direção da UNE primeiramente tenta liderar uma revolta que não iniciaram e posteriormente acabam condenando a mobilização em troca de apoio político a Prefeitura. Nesse evento político, milhares de jovens, estudantes e trabalhadores fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento da tarifa de forma espontânea.

Em 2004 foi posto o projeto de Lei que institui a Reforma Universitária, nesse ano pela a primeira vez na história o movimento estudantil segue dividido, de um lado a base organizada repudia a Reforma Universitária, do outro a direção da UNE a defende. Em maio desse ano é criado a Conlute durante o Encontro Nacional contra a Reforma Universitária no Rio de Janeiro.

UNE e Cultura

A UNE foi precursora de importantes movimentos culturais brasileiros. O Centro Popular de Cultura (CPC) é o mais famoso deles que e nos anos 60 animou a cena artística brasileira com novas e ousadas experiências no campo da pesquisa e da produção cultural. O CPC não foi a primeira tentativa da entidade na área cultural, mas foi a experiência mais vitoriosa e que se tornou um marco da cultura brasileira, unindo artistas, intelectuais e o movimento estudantil. O CPC tinha uma produção artística própria e não se limitava a aglutinar grupos de artistas já existentes: chegou a fundar um selo de discos, uma editora de livros, além de realizar produtos culturais importantes como o filme Cinco Vezes Favela. Participaram do CPC nomes como Arnaldo Jabor, Cacá Diegues, Ferreira Gullar, Vianinha, entre outros.

A parir de 1999, o trabalho cultural da entidade foi retomado com vigor durante as Bienais de Cultura e Arte da UNE. A primeira Bienal ocorreu em Salvador/Bahia. Nesses eventos foram lançadas as bases de um ousado projeto: a criação do Circuito Universitário de Cultura e Arte, os CUCAs. Mais do que um resgate dos antigos CPCs o Circuito surgiu como um modelo de mapeamento e valorização da cultura nacional dentro das universidades. Desde então, a UNE vem batalhando pela criação de um Circuito em cada estado brasileiro. Para dar corpo à essa iniciativa, diretores da UNE, intelectuais, artistas e uma equipe técnica percorreram 15 cidades por todo país, entre os meses de outubro e novembro de 2004, com a “Caravana Universitária de Cultura e Arte – Paschoal Carlos Magno”, que ampliou a articulação e mobilizou os estudantes para criação de novos CUCAs nas universidades brasileiras.

Hoje já são dez núcleos do CUCA consolidados pelo Brasil, Recife, Campina Grande, Salvador, Vitória, Porto Alegre, Curitiba, Barra do Garça, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O CUCA cresceu e atualmente integra o projeto “Pontos de Cultura” do MinC. A UNE caminha agora para a realização de sua V Bienal de Arte, Ciência e Cultura, a ser realizada no início de 2007, no Rio de Janeiro.

Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a União Nacional dos Estudantes manteve firme oposição ao neoliberal no país, repudiando as privatizações e o capital estrangeiro, e apelando para melhorias nas políticas sociais e com a educação, sempre defendendo o ensino público de qualidade e democrático.

Presidentes

  • 1937-1938: Ana Amélia Queirós Carneiro de Mendonça
  • 1938-1939: Valdir Ramos Borges
  • 1939-1940: Trajano Pupo Neto
  • 1940-1941: Luís Pinheiro Pais Leme
  • 1941-1942: Hélio de Almeida (renunciou)
  • 1943: Tarnier Teixeira (secretário-geral da gestão de Hélio de Almeida)
  • 1946-1947: José Bonifácio Coutinho Nogueira
  • 1947-1948: Roberto Gusmão
  • 1949-1950: Rogê Ferreira (renunciou)
  • 1950-1950: José Frejat (eleito em reunião extraordinária)
  • 1950-1952: Olavo Jardim Campos
  • 1952-1953: Luis Carlos Goelver
  • 1953-1954: João Pessoa de Albuquerque
  • 1954-1955: Augusto Cunha Neto
  • 1955-1956: Carlos Veloso de Oliveira
  • 1956-1957: José Batista de Oliveira Júnior
  • 1957-1958: Marcos Heusi
  • 1958-1959: Raimundo do Eirado Silva
  • 1959-1960: João Manuel Conrado Ribeiro
  • 1960-1961: Oliveiros Guanais
  • 1961-1962: Aldo Arantes
  • 1962-1963: Marcos Vinícius Caldeira Brant
  • 1963-1964: José Serra
  • 1965-1966: Antônio Xavier/Altino Dantas
  • 1966-1968: Jorge Luís Guedes
  • 1968-1969: Luís Travassos
  • 1969-1971: Jean Marc Von der Weid (preso pela ditadura)
  • 1971-1973: Honestino Guimarães (preso e executado pela ditadura)
  • 1979-1980: Rui César Costa Silva
  • 1980-1981: Aldo Rebelo
  • 1981-1982: Javier Alfaya
  • 1982-1983: Clara Araújo
  • 1983-1984: Acildon de Mattos Pae (coordenou a mobilização dos estudantes pelas Diretas Já)
  • 1984-1986: Renildo Calheiros
  • 1986-1987: Gisela Mendonça
  • 1987-1988: Valmir Santos
  • 1988-1989: Juliano Coberllini
  • 1989-1991: Claudio Langone
  • 1991-1992: Patricia de Angelis
  • 1992-1993: Lindberg Farias (liderou as manifestações do impeachment)
  • 1993-1995: Fernando Gusmão
  • 1995-1997: Orlando Silva Junior
  • 1997-1999: Ricardo Garcia Cappelli
  • 1999-2001: Wadson Ribeiro
  • 2001-2003: Felipe Maia
  • 2003-2007: Gustavo Lemos Petta
  • 2007-atualidade: Lúcia Stumpf
Fonte: http://pt.wikipedia.org/

Site da UNE: http://www.une.org.br/

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